
A Constelação Familiar não faz por si só. Não é a vivência que irá mudar sua situação. É o reconhecimento das dinâmicas familiares ocultas, lealdades invisíveis e o lugar que cada pessoa ocupa no seu sistema familiar que permite um novo passo, de um novo jeito, seja no mesmo caminho ou escolhendo outro.
Não somos sujeitos passivos à parte do processo que espera o que vai acontecer. Ao contrário, ao enxergar o lugar que você ocupa, as dinâmicas que estão em jogo e atuando naquele contexto, você tem a oportunidade de agir. A constelação abre espaço para a mudança, mas a decisão é sua.
A Constelação pode mostrar que você está “maior” que sua mãe, querendo “salvá-la”, como uma fotografia. Retrata a situação em um determinado momento. Podemos ver e manter tudo como está, ou podemos transformar. Ao ver você é convidado a ter uma postura ativa no seu processo de transformação. Ver é o primeiro passo.
O “constelando” não está apático. O campo sistêmico mostra os posicionamentos dos membros familiares, desvela as conexões entre eles, revela crenças e padrões, entretanto, o próprio sujeito precisa se implicar com o processo, precisa se abrir e se permitir agir diferente. O campo é dinâmico e você precisa atuar nele.
Considerar que “constelar” irá resolver suas questões é colocar o método no lugar da mágica. A magia encanta. É sedutora. Produz fenômenos extraordinários sem explicação. Faz o inacreditável. Causa admiração. E ao desejar mágicas, nos isentamos da responsabilidade da ação. “Plim”... faço, assisto, aguardo os resultados. E dessa forma nos mantemos crianças com fantasias de salvação.
Somos responsáveis por nossas escolhas conscientes ou inconscientes. É preciso buscar a mudança de forma ativa, ser protagonista da própria história, e ao tomar consciência podemos nos deslocar.
A Constelação Familiar não faz mágica, é real, e depende de você!